
Sabem quando sentimos que algo vai acontecer de errado, mas mesmo assim decides ir em frente e ver no que dá? E depois das coisas acontecerem, cais em ti, apercebes-te que o que fizeste não era o que querias, já esperavas que poderia correr mal, e afinal correu pior do que tu esperavas.
Sabem quando pensamos no momento que a coisa não é assim tão má, mas depois, quando ela acaba, e tu reflectes sobre o assunto, nem te sentes, sentes apenas um enorme vazio, como se a coisa te tivesse sugado toda a vida, todos os sentimentos, tudo, apenas deixando-te o corpo, pálido, fraco e gelado.
Sabem quando, terminados de cometer um grande erro, o pior dos males, começam a sentir que o mundo te está a apontar um dedo, que TU estás-te a apontar o dedo, porque sabes que a culpa também é tua, mesmo se não tivesses sido tu a ter a brilhante ideia da tal merda que fizeste, ou mesmo se não foste tu a fazê-la sozinho. A culpa é tua, sentes isso. E começas a sentir-te nervoso, a arder, como se tivesses doente, com febre. Tens vontade de chorar, mas não consegues. Entras em pânico, o choque é feio. Chocaste-te a ti próprio. "Como pude eu fazer isto?" Pensas tu. E sentes tudo outra vez. O vazio começa a transformar-se numa inundação de ódio, raiva, medo, uma onda de sentimentos aterrorizantes. E tu abominas esse
feeling.