N.,
Dei-te tantas oportunidades para mudares o teu comportamento, para mudares essa tua atitude comigo, para tentares ser melhor contigo mesmo, mas nem assim. Quase 4 anos de namoro, tanta aventura, tolice, felicidade acumulada. Mas também tanta dor, sofrimento, mágoas e estupidez junta.
Sei que não fui a melhor namorada, sei que não fui a melhor pessoa de sempre, mas dei-te oportunidades, fui sempre atrás de ti como uma tola, fui perdida de amores por ti e tu desperdiçaste isso.
Agora estás todo arrependido aí no teu canto, magoado, e eu tola sinto pena de ti e fico ainda pior por te ver assim. E é aí que recomeça o ciclo. Eu fico com pena e volto para ti porque tu pedes.
Quando acabaste comigo só me soubeste insultar (porque estavas "de cabeça quente") e dizer-me "Podes ter a certeza que não falamos mais, muito menos pessoalmente.". E quem é que foi o primeiro a mandar uma mensagem? Ou a tentar ir ter com o outro pessoalmente? Pois, foste tu.
O teu problema é esse. Tu não tens a consciência do que podes ou não podes dizer quando te chateias, não tens um filtro, e eu desisto de tentar melhorar-te como pessoa.
Dizes-me que desta vez sentes que é mesmo diferente, que estás mesmo arrependido, que vais mesmo mudar. Ofereces-me uma flor, uma carta (e bem longa que era) e uma fotografia nossa como "última" tentativa de retorno, mas é demasiado tarde.
Sinto uma mistura de amor, ódio e tristeza por ti. É esquisito, o amor é esquisito.
Preciso de alguém que me valorize 24/7, que me respeite a 100% e que demonstre o seu amor por mim como deve ser.
Sei que nem vais ler isto, mas sabe bem desabafar, sabe bem expor os sentimentos acumulados no coração partido.
Espero continuar com esta "moral", como tu chamas. Espero que esta "moral" continue a querer acabar tudo entre nós.
Rose Mary